O poder da informação(I parte)

O poder e a informação(I parte)

                                                                                                    Por leonamemessias@hotmail.com

 

  Podemos definir como informação o conjunto de dados que tem por meta orientar ao receptor-leitor sobre fatos, eventos, descobertas, etc… Indiscriminadamente, isto é, sem distinção de pessoa quanto à cor, classe social, religião ou algo que o valha. É essencialmente prospectiva e coletiva sito significa dizer  que a informação interessa principalmente o ‘objeto’( o que está fora de) ou seja: o mundo exterior, os fatos, as ocorrências e a sua (re)definição social ou econômica.

 

  Nos dias hodiernos são vários os meios de informação utilizados, destacando-se a informatização (uso de computadores), a televisão e a imprensa falada (rádio) ou escrita (jornais e revistas).Entretanto todos os meios de divulgar algo a alguém são meios de informação, inclusive este texto.

 

  A característica básica da informação é o seu caráter ‘massificador’ e ‘massivo’, a primeira diz respeito a sua capacidade de imprimir –conscientemente ou não – um certo senso coletivo e ‘nivelador’ de moral e de ética, socialmente pré-definido e aceito e o segundo por ser destinado à população de um modo geral, sem, contudo uma previa preocupação com a perfeita assimilação por  todos os usuários, ou leitores destes dados, isto com relação à informação falada ou escrita. Os ‘desníveis’ existentes em todos os grupos sociais não são muito levados em conta pela grande impressa e o que se faz é um nivelamento por baixo da informação divulgada de forma que em linhas gerais todos possam captar o resultado final (o texto escrito ou falado) de forma mais ou menos unânime…Entretanto a unanimidade na informação continua a se um ideal perseguido e nunca alcançado.

 

  Uma grande parcela da população, iletrada e marginalizada, é efetivamente usada como ‘massa’ de manobra da grande imprensa, especialmente da imprensa falada, por meio do rádio e da televisão, agravando-se este fato hoje com a imensa maioria de pessoas que, embora saibam ler ou escrever formalmente, não são capazes de interpretar dados de um computador e muito menos de utilizá-los de forma prática: é o chamado ‘ analfabeto digital.

 

  Diante dos vários problemas expostos acima, podemos dizer que os aspectos massificador e massivo da informação têm por objetivos não revelar a realidade como ela é, principalmente a realidade do oprimido, mas uma ‘realidade’ pré-definida e censurada disfarçadamente que imprimem o ‘modo de ver’ do opressor.(3) Neste sentido, a verdade – como reflexo da realidade vivenciada social e individualmente (principalmente!) – é uma verdade ‘axiomática’(4), da e contra a qual não se permite discussão ou dialogo, logo ‘inquestionável’. “Somos o que devemos ser, nada pode ser mudado.”

 

  Sabedores disto, alguns grupos ‘políticos’ pregavam no passado que ‘ uma mentira muitas vezes divulgada como verdade, nos grande meio de comunicação, passaria a ser – de fato – uma VERDADE, mesmo que não o fosse de fato.”Infelizmente este lema(5) hoje ainda é amplamente utilizado principalmente pela grande impressa para ‘legalizar’ atos de invasão, v.g., a pequenos paises impotentes realizados por grande potencias econômicas, dando-lhes (aos opressores) o direito que de fato eles não teriam se seguissem as próprias regras por eles mesmos criadas… o direito internacional hoje só serve de fato as grande potenciais mundiais, tornando a famigerada ‘globalização’ mas um mito do novo milênio.

  Inquestionavelmente o ‘poder da informação’ visa não o interesse das grandes maiorias marginalizadas, que seja na esfera mundial(macro-esfera) ou individual(micro-esferas),mas a perpetuação da ‘legalidade arbitrária’ de pequenos grupos que detém o poder sempre, evidentemente, ao seu favor: justificasse os seus atos de corrupção( e até mesmo genocídio) e pereniza-se propositadamente a ignorância das massas iletradas, incultas e incautas.

 

 Poderia-se alegar para tanto, o descompromisso com a ‘conscientização’ das massas e uma verdadeira leitura da nossa realidade, a velocidade  das informações nos dias do novo milênio, informatizado e voraz por novos caminhos para um novo mundo, o que tornaria humanamente impossível a comprovação da veracidade plena dos fatos… Mesmo porque algo será ‘verdadeiro ou falso dependendo do ponto de vista de quem observa e divulga algo, entrando nesta avaliação a subjetividade e o ‘livre arbítrio’. Nada mais inverídico, pois todo material divulgado pela imprensa, seja ela pequena ou grande, sofre uma prévia censura interna que peneira a informação do jornalista ou free-lance, sob a ótica da ‘sua’ política interna, já pré-definida. Uma prova disto é que, quando não é possível esta previa censura o texto divulgado vim ‘naturalmente’ com a famosa frase “ o material aqui divulgado é de inteira responsabilidade do autor do mesmo, não sendo, portanto, a opinião da direção deste jornal (ou revista)…”

 

  Na verdade a imparcialidade da informação é um dos grandes mitos do mundo moderno e nunca ela esteve tão atrelada a CLASSE DOMINANTE, especialmente a política, para servir cabal e fielmente a uma pequena minoria detentora e provedora deste poder, tendo como conseqüência imediata cada vez mais uma desigualdade social cada vez mais elevada…com tendência clara de piorar mais e mais, até quando o ‘tecido social’ se romper definitivamente.

 

  Diante do já exposto supra, torna-se perfeitamente possível entender e compreender, mas não aceitar,  a ‘legalização institucional’ dos atos de genocídio praticados por potencias mundiais em ataques a paises pequenos, única e exclusivamente por causa do petróleo ali existente, como ‘guerras preventivas’ e , por outro lado, a ‘cognominanização'(6) de ‘atentados terroristas’ toda e qualquer manifestação de reação  timidamente esboçada pela maioria oprimida, que se subleva contra a opressão e a ganância dos seus opressores.

 

  Vivemos de fato na ERA DA INFORMAÇÃO  em que tudo tem um sentido e, contrariamente, nada  tem sentido algum.A preservação de vidas passou a ser algo secundário diante dos interesses mesquinhos daqueles que querem preserva o ‘status quo’ (Isto é, a mesma situação em que as coisas se encontram) e passasse a idéia que é natural se trocar sangue por petróleo… e revivemos hoje, com toda a intensidade o lema positivista que fomentou tantos governos tiranos no passado: “Os fins justificam os meios…”.

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Uma resposta para O poder da informação(I parte)

  1. Emanoel disse:

    É impressionante como as pessoas hoje valorizam mais as máquinas que às vidas… mata-se por um \’celular\’, por um \’chip\’… por qualquer coisa \’virtual\’ e sem vida. A banalização da existência física e real é uma das consequencias diretas da nossa tão sonhada e \’desejada\’ tecnologia…e tudo nos leva a crer que um mundo tecnologico será desumano e INFELIZ!Como de fato já o é…

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